segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Desabafo



Sabe aquele momento em que você mais precisa de alguém e percebe que está só mesmo cheio de gente à sua volta? Então, é isso que acho que estou vivendo nesse momento.
Você tenta encontrar a origem do problema, analisa o que você fez de errado e percebe que as pessoas simplesmente não se importam.
Ninguém quer saber do problema do outro, as pessoas só querem falar e falar de seus próprios problemas e por vezes, quando percebe os excessos, finge se importar e pergunta como você está da forma mais vazia possível, satisfazendo-se com uma resposta mais vazia ainda.
Desde sempre tive meus problemas de socialização, mas sempre me esforcei em fazer o bem aos outros no que estivesse ao meu alcance. Por vezes passei horas ouvindo os problemas de algumas pessoas, dando conselhos, me envolvendo como se o problema fosse meu e por diversas vezes tirando a pessoa de tal aflição, pelo simples fato de ouvi-la.
Mas aí chega aquele momento em que você se vê aflito (a) e parece que todas as coisas resolvem desmoronar ao mesmo tempo, parece que você perde a noção da realidade e só consegue pensar em tudo de ruim que já te aconteceu, em tudo de ruim que você é como ser humano e quando olha para os lados, sem grandes expectativas, esperando pelo menos uma palavra de consolo, ou simplesmente um “estou aqui com você”, você só consegue enxergar indiferença, até mesmo de sua família, que é de quem você mais espera compreensão nesses momentos.
Eu sei que não mereço grandes amizades, pois nunca soube ser uma grande amiga de ninguém, sempre acreditei que a gente colhe o que a gente planta. Não estou querendo que as pessoas sintam “pena”, sempre fingi não me importar, para que as pessoas não tenham esse tipo de sentimento por mim, porém, sempre esperei um pouco de sensibilidade das outras pessoas, pois são poucos os que olham para você por uma segunda vez e perguntam se está tudo realmente bem.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

LES EMOTIFS ANONYMES

Depois de uma longa pausa, de quase um ano, em relação ao blog, volto para falar de mais um filme que assisti. Bem, minha vida infelizmente continua monótona como sempre, então só me restam os filmes para me fazer viajar, sonhar e viver aventuras que nunca pude vivenciar.

Venho falar de um filme francês, chamado Românticos Anônimos,escrito e dirigido por Jean-Pierre Améris. É um filme de comédia, mas  para quem sofre dos mesmos problemas que os personagens, sabe que não existe nenhuma comédia nisso. O filme fala sobre medos, focando na timidez patológica dos dois personagens Angélique Delange e Jean-René Van Den Hugde.


Angélique é uma mulher que tem medo de quase tudo, principalmente de pessoas, ela frequenta um grupo de apoio e é formada em culinária, especializada em chocolates, dona de um talento incrível, passou vários anos trabalhando para a loja de um senhor que conhecia seus problemas sociais e deixava que ela trabalhasse anonimamente, sempre dizendo para os clientes que seria um ‘ermitão’ que produzia seus chocolates incríveis. Porém quando o dono da loja morre, Angélique se vê obrigada a procurar um outro emprego.

Jean-René Van Den Hugde é o dono de uma fábrica de chocolates que está prestes a falir e que acaba contratando Angélique. Porém, Jean-René é ainda mais tímido que Angélique e nos rende alguns momentos de risadas ao vê-lo tendo que correr para trocar de blusa várias vezes durante um jantar com a protagonista, por suar muito quando está nervoso.

Românticos anônimos é um filme simples, com toda a delicadeza que se pode esperar de um filme francês, tratando de um tema tão sério para muitas pessoas, de forma humorada, sem perder a noção do que há de trágico na vida das personagens, quando fala de uma realidade que só é possível entender quando se enfrenta os mesmos problemas ou quando se tem uma alma sensível como as de Angélique e Jean-René.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=hru2ojH_j3Q&feature=player_embedded#at=11

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Náufrago da lua


Esses dias, assisti um filme que me identifiquei bastante e que tem muito a ver com esse blog. Náufrago na Lua (Castaway on the moon) é um filme Coreano, que narra a história de Kim, um jovem, que tenta suicídio no rio Han, mas acaba acordando em uma ilha, bem no meio da cidade. Ele tenta de várias formas sair dessa ilha, mas o tempo vai passando e ele acaba aprendendo a viver com a situação. Como se já não bastasse essa situação inusitada, também aparece na história, uma moça, que vive isolada em seu quarto, sem contato com o mundo exterior, mas que de alguma forma, começa a observar Kim através de sua janela.
Com o tempo a garota vai se envolvendo no dia-a-dia do rapaz, e mostrando-se capaz de sair da sua vida de isolamento, à sua maneira. No começo o filme parece um pouco estranho, mas depois acaba nos envolvendo, pela forma inusitada que a trama se desenrola. É um filme que tem tudo a ver com Fobia Social, tímidez e alguns outros transtornos, por isso me cativou bastante. Até mesmo quem não têm desses transtornos, é levado a refletirr, sobre como tem levado a vida.

É uma pena que não tenha encontrado o filme com legenda em português, encontrei com legenda em Inglês e Espanhol, no youtube, mas isso não chega a ser um problema, já que o filme não tem muitos diálogos. Talvez em breve eu possa fazer uma legenda em português, mas por enquanto, só da forma como está no Youtube mesmo rsrs.

Filme com legenda em Inglês: 
Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=63DoeZz_Mh0
Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=VZewuC6g39s&feature=channel&list=UL

Filme com legenda em Espanhol(São 12 partes, então estarei postando apenas a primeira):
http://www.youtube.com/watch?v=X5JxUdLoKs0



sábado, 5 de maio de 2012

Marta, a menina calada

Encontrei este texto em um livro infantil, bem antigo, e me identifiquei com as palavras inocentes, as quais dizem uma grande verdade. Me deu até vontade de ilustrar a história, por isso fiz um desenho.

Marta,  a menina calada

Marta é o nome da menina da nossa história.
Marta não estava morta, mas quase...
Se eu contar vocês não vão acreditar,
mas é a pura verdade.

Marta estava quase morta.
Tinha alguma doença no corpo? Alguma coisa
nos intestinos, no fígado, no coração ou nos pulmões?
Nada, Marta tinha uma saúde de ferro.
Forte, bem nutrida.
O problema de Marta era outro. Qual?
Já, já, vocês vão saber.
Já ouvi histórias de gente que engole fogo,
gente que engole giletes,
gente que engole espadas,
gente que engole pregos.
Pois é, Marta engolia... sentimentos!
Levava desaforo para casa e escondia seus beijos e carinhos.
O pensamento que mais repetia para si mesma era:
"Em boca fechada não entra mosquito".

Naava Bani. A menina que engolia sentimentos. São Paulo,
Maltese, 1990.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

La tristesse durera toujours



Começo esta postagem com as últimas palavras de Vincent Van Gogh, um homem que nunca foi feliz, " La tristesse durera toujours" e é como eu me sinto agora, como se a tristeza estivesse predestinada em minha vida. Eu estava bem, enquanto meus problemas não eram confrontados, acho que eu apenas os tinha guardado em uma "gaveta", mas agora tudo vem à tona e muitas decisões vêm junto, não sei o que fazer e não posso pedir a ninguém que faça por mim, agora eu entendo aquelas pessoas que ficam desejando se isolar do mundo, em algum lugar, até o fim de suas vidas. Eu tenho medo de não conseguir, era para essas mudanças serem algo bom, mas para mim é muito difícil, eu não sei lidar com o novo, eu fico desesperada, fico lembrando de tudo que não sou capaz por medo, começo a pensar um pouco e tudo acaba se transformando em um monstro. O pior de tudo é que ninguém pode me compreender, saber o que estou sentindo, pois meu problema é uma besteira para a maioria das outras pessoas, que pensam que timidez ou fobia social não é um problema. Só quem sente pode entender. Me sinto na beira de um abismo com medo de cair e perder as migalhas que consegui juntar pelo caminho. É tão difícil olhar para os lados para tentar diminuir o problema, as pessoas ficam dizendo que tem pessoas em situações bem piores, doentes ou incapacitadas e eu fico reclamando da vida, mas é fácil dizer isso quando se está fora do problema, poxa será que é tanto eu apenas querer me sentir bem e confortável, apenas eu querer ser eu mesma sem pensar nos outros, eu sei que tem pessoas em situações piores, mas pensar nisso não vai me fazer melhor, não vai me fazer feliz. Ainda tem essa maldita dessa procrastinação, desse comodismo, lembrando que isso não significa preguiça, é apenas uma situação confortável que é muito difícil de sair, mas enquanto estamos nessa zona de conforto, a vida da gente é detonada, perdemos as oportunidades, não conseguimos nos levantar, agir, dar um primeiro passa. Não aguento mais esperar que as coisas aconteçam, que as pessoas venham até mim, que perguntem primeiro, que se aproximem primeiro, e pela lei dos fatos constantes a tedência é que nada disso mude, apenas se eu for forçada a mudar.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sem motivação


Nossa! Quanto tempo já faz que não posto nada, porém não mudou muitas coisas na minha vida, continuo com os mesmos hábitos, mesmas manias, mesmos medos, talvez eu tenha me desligado um pouco da minha situação e consequentemente da minha tristeza, pois sei que quanto menos eu ficar pensando a respeito dos meus medos, das minhas fraquezas, menos eu irei sofrer. Acho que tenho me livrado quase que totalmente da minha fobia social, agora ficou apenas a timidez, que as vezes é tão cruel quanto a fobia, até tenho conseguido apresentar melhor os seminários da faculdade, já não tenho mais tanto pavor como antes, por alguns instantes tenho conseguido me manter normal enquanto apresento, sem gaguejar e tremer tanto. Apesar da melhora, não estou feliz, talvez, depois da infância ,nunca mais tenha estado feliz, esse deserto que tem sido a minha vida às vezes cansa e até a tristeza de antes não consigo mais sentir, tenho apenas deixado a vida passar, sem muito desespero, mas também sem alegria.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Esperanças e Oportunidades perdidas





Nesse tempo que não postei, não aconteceram muitas coisas em minha vida, o que não é de se admirar, já que minha vida é sempre assim, parada, sem mudanças e agora sem esperanças também. Gostaria de saber onde foram parar minhas esperanças, meus sonhos de criança, acho que se perderam no meu medo.

Quando tudo está parado em nossas vidas é muito ruim, mas acho que pior ainda é quando temos uma oportunidade de mudar e não aproveitamos, quando a vida pede uma atitude com urgência , e no comodismo dizemos: Há! tudo tem seu tempo, eu não preciso fazer nada agora, com o tempo tudo virá! , mas sabemos que é tudo mentira, quando mais nova, eu ainda conseguia acreditar nisso, mas agora não dá mais, a vida tem pressa, as pessoas têm pressa e ninguém vai parar para vê o que você tem de bom, se você mesmo não mostrar.
São tantas oportunidades perdidas, que nos fazem até esquecer qualquer coisa boa tenha acontecido em nossas vidas, tudo se perde na dor do pensar no que poderia ter sido, por isso, para algumas pessoas é mais fácil ficar culpando os outros, a família que não deu atenção, as rejeições sociais que sofreu, quando o problema somos nós, que não soubemos o que fazer com as coisas ruins que nos deram.

Se eu pudesse voltar no tempo, quando ainda era criança, se eu tivesse consciência do que sei hoje, eu mudaria muita coisa, eu agiria diferente, se eu apenas tivesse outra chance de recomeçar, de sair desse ciclo vicioso.

A música do post é o que inspirou meu texto, como nos outros posts, escolhi essa porque ela me lembra a minha infância e a letra me faz lembrar da importância que muitas pessoas têm em nossas vidas e nunca falamos ou expressamos e acabamos com qualquer possibilidade de que essas pessoas venham a nos amar da mesma forma, elas acabam passando por nossas vidas e nos esquecendo, e jamais saberão o quanto foram importante para alguém.