quarta-feira, 2 de maio de 2012

La tristesse durera toujours



Começo esta postagem com as últimas palavras de Vincent Van Gogh, um homem que nunca foi feliz, " La tristesse durera toujours" e é como eu me sinto agora, como se a tristeza estivesse predestinada em minha vida. Eu estava bem, enquanto meus problemas não eram confrontados, acho que eu apenas os tinha guardado em uma "gaveta", mas agora tudo vem à tona e muitas decisões vêm junto, não sei o que fazer e não posso pedir a ninguém que faça por mim, agora eu entendo aquelas pessoas que ficam desejando se isolar do mundo, em algum lugar, até o fim de suas vidas. Eu tenho medo de não conseguir, era para essas mudanças serem algo bom, mas para mim é muito difícil, eu não sei lidar com o novo, eu fico desesperada, fico lembrando de tudo que não sou capaz por medo, começo a pensar um pouco e tudo acaba se transformando em um monstro. O pior de tudo é que ninguém pode me compreender, saber o que estou sentindo, pois meu problema é uma besteira para a maioria das outras pessoas, que pensam que timidez ou fobia social não é um problema. Só quem sente pode entender. Me sinto na beira de um abismo com medo de cair e perder as migalhas que consegui juntar pelo caminho. É tão difícil olhar para os lados para tentar diminuir o problema, as pessoas ficam dizendo que tem pessoas em situações bem piores, doentes ou incapacitadas e eu fico reclamando da vida, mas é fácil dizer isso quando se está fora do problema, poxa será que é tanto eu apenas querer me sentir bem e confortável, apenas eu querer ser eu mesma sem pensar nos outros, eu sei que tem pessoas em situações piores, mas pensar nisso não vai me fazer melhor, não vai me fazer feliz. Ainda tem essa maldita dessa procrastinação, desse comodismo, lembrando que isso não significa preguiça, é apenas uma situação confortável que é muito difícil de sair, mas enquanto estamos nessa zona de conforto, a vida da gente é detonada, perdemos as oportunidades, não conseguimos nos levantar, agir, dar um primeiro passa. Não aguento mais esperar que as coisas aconteçam, que as pessoas venham até mim, que perguntem primeiro, que se aproximem primeiro, e pela lei dos fatos constantes a tedência é que nada disso mude, apenas se eu for forçada a mudar.

Um comentário:

  1. Também já me senti assim, e é difícil para as outras pessoas entenderem o que se passa dentro de nós. Eu tenho um certo receio da vida social, mas me preocupo muito com as pessoas, só não tenho coragem de sair de meu mundo e enfrentar o mundo dos outros...
    Uma ótima reflexão!

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