Sabe aquele momento em que
você mais precisa de alguém e percebe que está só mesmo cheio de gente à sua
volta? Então, é isso que acho que estou vivendo nesse momento.
Você tenta encontrar a
origem do problema, analisa o que você fez de errado e percebe que as pessoas simplesmente
não se importam.
Ninguém quer saber do
problema do outro, as pessoas só querem falar e falar de seus próprios
problemas e por vezes, quando percebe os excessos, finge se importar e pergunta
como você está da forma mais vazia possível, satisfazendo-se com uma resposta
mais vazia ainda.
Desde sempre tive meus
problemas de socialização, mas sempre me esforcei em fazer o bem aos outros no
que estivesse ao meu alcance. Por vezes passei horas ouvindo os problemas de
algumas pessoas, dando conselhos, me envolvendo como se o problema fosse meu e
por diversas vezes tirando a pessoa de tal aflição, pelo simples fato de
ouvi-la.
Mas aí chega aquele momento
em que você se vê aflito (a) e parece que todas as coisas resolvem desmoronar
ao mesmo tempo, parece que você perde a noção da realidade e só consegue pensar
em tudo de ruim que já te aconteceu, em tudo de ruim que você é como ser humano
e quando olha para os lados, sem grandes expectativas, esperando pelo menos uma
palavra de consolo, ou simplesmente um “estou aqui com você”, você só consegue
enxergar indiferença, até mesmo de sua família, que é de quem você mais espera
compreensão nesses momentos.
Eu sei que não mereço
grandes amizades, pois nunca soube ser uma grande amiga de ninguém, sempre
acreditei que a gente colhe o que a gente planta. Não estou querendo que as
pessoas sintam “pena”, sempre fingi não me importar, para que as pessoas não tenham
esse tipo de sentimento por mim, porém, sempre esperei um pouco de sensibilidade
das outras pessoas, pois são poucos os que olham para você por uma segunda vez
e perguntam se está tudo realmente bem.